Inmetro avalia desgastes de próteses de quadril e joelho







O novo equipamento do Inmetro avalia o desgaste e a qualidade de próteses de quadril e joelho Foto: Divulgação

O novo equipamento do Inmetro avalia o desgaste e a qualidade de próteses de quadril e joelho Divulgação

RIO - Pessoas que precisam de implantes de próteses de quadril e joelho terão mais segurança antes de submeterem à cirurgia. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, Inmetro, está iniciando um estudo inédito para avaliar o desgaste e a qualidade desses produtos. O teste é importante porque, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a osteoartrose representa 40% de todas as doenças articulares acima de 60 anos.

O protocolo de estudo para quadril já está pronto e os testes começam ainda agora em dezembro no Laboratório de Biomateriais e Tribologia (Labit), e os técnicos devem apresentar os resultados em seis meses. Carlos Achete, Diretor da Divisão de Material do Inmetro, diz que o número de procedimentos de implantes de próteses de quadril tem aumentado em todo o mundo, principalmente com o envelhecimento da população. E um dos objetivos do estudo do Inmetro é dar proteção ao usuário.

- O equipamente simula uma pessoa andando. Queremos ver o desgaste sofrido pelas próteses durante o uso, a qualidade do material. O nosso trabalho vai ajudar a saber a durabilidade das próteses e pode ajudar a evitar casos de nova operação de pacientes - comenta Achete. - Qualquer material tem que ser regularmente e continuamente testado. E agora também as próteses de quadril e joelho. Dependendo dos resultados, podemos fazer testes com outros tipos.

Para imitar as condições de uso das próteses, o equipamento que realiza o ensaio simula os movimentos de caminhada, com carga equivalente ao peso corporal do usuário; o atrito sofrido com o uso e a temperatura corporal, explica a pesquisadora Marcia Maru, da Divisão de Metrologia dos Materais.

Na investigação, além do desgaste das próteses pelo uso, a equipe do Inmetro poderá ver se o material implantado libera partículas no corpo ou se apresentará folgas com o tempo.

- Com esse estudo pode-se evitar a distribuição de próteses com maior risco de substituição e a necessidade de uma nova cirurgia - diz.

Os próprios fabricantes de próteses estão interessados em avaliar e aprovar seus produtos, diz o Inmetro. Os ensaios são demorados e levam, em média, seis meses. Durante os testes, são realizados cinco milhões de ciclos (cada um corresponde a um segundo). A cada 500 mil ciclos (o equivalente a seis dias), o equipamento é desligado para que as peças sejam medidas e pesadas. A compra do equipamento para realização dos testes foi possível a partir de verba obtida junto à Finep, em linha de financiamento destinada à Saúde.


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