O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito 13) fez no inicio deste mês, de 2 a 6 de dezembro, sua ultima fiscalização do ano, abrangendo o sul de Mato Grosso do Sul. Na região foi surpreendido e apertou o cerco contra o exercício irregular da profissão, onde aplicou em 28 visitas, 96 autos de infração e dois ofícios de notificação. A fiscalização chegou em Laguna Carapã, Amambai e Ponta Porã, onde foram encontrado os piores casos, de ilegalidade. Como também, o Crefito esteve em Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Tacurú, Japorã e Vicentina.
A equipe do Crefito flagrou um caso de exercício ilegal da profissão, em Laguna Carapã e em Amambai e Ponta Porã, casos de delegação de funções privativas – quando o profissional atribui suas obrigações a pessoas não preparadas para isso. O caso de Laguna Carapã foi parar na delegacia, já os dois últimos serão alvo de processos éticos no conselho.
A agente fiscal Sarah Elisa Zizemer, apontou que tantos os profissionais, como quem contratou poderam responder pelas irregularidades. "Os fisioterapeutas são passíveis de uma abertura de processor ético e disciplinar. Nosso departamento jurídico analisará a conveniência de denunciar por exercício ilegal da profissão as pessoas que praticaram o ato privativo, apesar de delegado, contratado", afirmou.
Laguna Carapã
O caso de Laguna Carapã foi o mais grave entre os detectados. Em uma clínica foi localizado o cartão profissional de um homem que se intitulava fisioterapeuta e portava um número fictício de registro no Crefito 13. A proprietária do estabelecimento ligou para o "fisioterapeuta" convocando-o.
Ao ser questionado sobre suas atividades na empresa, ele afirmou ter se formado na Unigran de Dourados em 2011 e que atendia como fisioterapeuta no local. Ocorre que, no cadastro nacional de profissionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, seus dados não foram encontrados. "Solicitamos então a apresentação de sua cédula de identidade profissional para a comprovação de sua inscrição no conselho. Ele informou que a documentação estava na casa de sua mãe e que ele iria buscar", afirmou Marcio Maruyama, coordenador do departamento.
Ao retornar à clínica, o funcionário afirmou que sua documentação profissional e diploma estavam em uma pasta não encontrada. Como não foram apresentados documentos comprobatórios, a equipe solicitou que ele, junto a um policial e uma tabeliã, fosse até a Delegacia de Polícia de Laguna Carapã com a finalidade de oficializar a denúncia de exercício ilegal da profissão.
A Unigran informou que o rapaz havia sido acadêmico do curso. Contudo, não concluiu o curso.
Amambai e Ponta Porã
Em ambos os municípios foram detectados casos de delegação de funções privativas. O primeiro foi localizado em uma clínica de Amambai, onde uma ajudante fazia as atividades de supervisão dos pacientes em cinesioterapia, manipulação de aparelhos de eletroterapia e posicionamento de eletrodos e placas de aparelhos de eletroterapia.
Já em Ponta Porã a mesma situação foi confirmada em uma clínica na qual foi confirmado que pessoa não habilitada instruía treino de marcha em barra paralela a um portador de patologia neurológica.