Pessoas com dificuldades de mobilidade poderão surfar e tomar banho de mar no Sul de Santa Catarina. Com o auxilio de guarda-vidas, o surf pode ser praticado na praia do município de Balneário Rincão e o banho de mar nesta e também na praia de Balneário Arroio do Silva.
"A ideia inicial era atender cadeirantes. Depois vimos que este público poderia ser maior. Cadeirantes, amputados, cegos, idosos e outras pessoas com algum problema de locomoção podem participar", explica Marcelo Raupp, coordenador do projeto Praia Acessível em Santa Catarina.
Segundo ele, além dos bombeiros, muitas organizações participam da iniciativa que começou no estado catarinense em 2013. Na ocasião, apenas as cadeiras de praias adaptadas com rodas grandes de borracha eram utilizadas. Em 2014 a novidade é a prancha, testada no fim da temporada passada.
"Eu vinha na beira do mar. Imaginava eu lá dentro da água e agora realizei esse sonho", disse Fátima Corrêa, vítima da poliomielite infantil, doença que afeta o movimento das pernas. Ela participou do projeto na temporada passada.
Equipamentos à disposição
Atividades como bocha, vôlei sentado e outras modalidades esportivas são oferecidas para marcar a abertura e o encerramento da temporada do projeto, nos dias 21 de dezembro e 22 de fevereiro, respectivamente. Nesse intervalo de tempo, uma prancha adaptada estará disponível diariamente, das 9h às 11h e das 15h às 18h, na praia do Balneário Rincão.
Já as cadeiras anfíbias ficarão à disposição dos banhistas no mesmo horário no Rincão e também na praia do Arroio do Silva, uma cadeira em cada praia. "É chegar no posto salva-vidas, falar com o guarda e tomar banho. Talvez alguém esteja utilizando o equipamento. mas o banho não demora mais de meia hora", explica Raupp. Segundo ele, as prefeituras das duas cidades disponibilizam transporte por agendamento para os moradores.
Início dos banhos
Raupp explica que o projeto começou em uma atividade de voluntários. Eles foram a uma piscina termal com cadeirantes e precisaram entrar com eles no colo dentro da água. O projeto foi criado após relatos emocionados de pessoas que estavam há anos sem desfrutar de um mergulho ou que nunca haviam mergulhado. "Percebemos que o problema não era a falta de local, mas sim a falta de acessibilidade", finaliza.
Fonte: G1
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