Uma estatística em Ji-Paraná mostra que os acidentes de trânsito a cada ano deixam dezenas de vítimas com sequelas e necessitadas de assistência. Um exemplo é a sala de fisioterapia da Associação dos Deficientes Físicos da Amazônia Legal (Asdefal). Os números mostram aumento superior a 60% no trabalho de reabilitação no ano passado, comparado ao mesmo período do ano anterior. Diariamente, a entidade recebe pedidos de doação de cadeiras de rodas, muletas, colchão d'água e andador para essas vítimas.
De acordo com o presidente da Asdefal, Edson Pinheiro de Faria, 2011 foi o ano em que o trabalho da entidade foi direcionado mais para o atendimento às vítimas de acidentes de trânsito no município, isso, incluindo as sessões gratuitas de fisioterapia e doação de material ortopédico, também sem qualquer cobrança.
Para manter a assistência aos seus associados e poder cobrir a grande procura neste setor, Edson Pinheiro disse que a entidade mantém convênios com a administração pública local, através da secretaria de Assistência Social (Semas). "Também conseguimos recursos financeiros através do vereador Ezequiel Borges (DEM) que é nosso associado, e com isso, foi possível a compra de centenas de unidades de material ortopédico", declarou.
Para o presidente da Asdefal, o maior motivo de tantos acidentes em Ji-Paraná é a falta de atenção aliada a imprudência. "Lamentavelmente, esses dois fatores resultados em marcas para sempre nas vítimas, quando não a perca de vidas", lamentou. Em decorrência da alta procura pelos serviços, Edson Pinheiro disse que a entidade já busca novos apoios, e assim, poder continuar ajudando essas vítimas.
FISIOTERAPIA AJUDA NA RECUPERAÇÃO
Trabalhando na Asdefal há um ano e meio, a fisioterapeuta Paula Roberta Chaves disse que todos os dias atende na sala de fisioterapia,pacientes de várias áreas, sendo a maioria vítimas de acidentes de trânsito. Dependendo da gravidade, a recuperação pode levar anos. "Um acidente pode resultar de uma simples lesão, perca de importantes membros como braços, pernas, e até mesmo deixar a vítima imobilizada para sempre. Isso, quando, muitos dos casos acabam em morte", lamentou.
A declaração da fisioterapeuta Paula Roberta Chaves foi confirmada por um de seus pacientes, Jairo Vieira, 38 anos, morador do bairro JK, segundo distrito de Ji-Paraná. Vítima de um acidente em novembro de 2002 quando estava com o patrão, advogado, que faleceu no local do fato. Entre as lesões, Jairo Vieira acabou tendo que amputar uma das pernas, e ainda, precisa de sessões de fisioterapia duas vezes por semana. "Escapei da morte, mais carrego as sequelas até os dias de hoje. Lamento pela vida do meu patrão. Ainda vou conseguir uma prótese para poder voltar a andar. É o que eu mais quero" concluiu.
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