A equoterapia ganhou novos adeptos em Arujá (SP). No município, os animais saõ usados para melhorar a postura e a qualidade de vida dos idosos. Segundo um dos psicólogos que trabalha há oito anos com a terapia em um sítio na região, esse projeto é pioneiro no Brasil. Os benefícios na coluna saõ sentidos com apenas 30 minutos de cavalgadas uma vez por semana.
De acordo com o psicólogo, Flávio Amorim, a utilização de cavalos na recuperação e reeducação motora e mental não é uma novidade. Porém, o trabalho precisa ser feito com atenção. "Três quatro pessoas ficam em volta do cavalo. O animal precisa permitir a aproximação. Cavalos com idade acima de cinco anos estão mais maduros e é melhor para trabalhar".
O tratamento custa em média R$300 e não precisa ser feito apenas com cavalos de raça. Apesar do preço, quem pratica afirma que o benefício é logo sentido e vale a pena. Há dois meses, o casal de aposentados Gersia Marcela Perli Loner e Pedro Lener descobriu a equoterapia. Aos 63 anos, Gersia não consegue ficar sem ir dar uma voltinhas com a égua Lady. "Desde que comecei a fazer minha saúde melhorou tanto fisicamente quanto mentalmente. Antes eu não dormia, acordava às 3h da manhã e não dormia mais. Minha insônia era forte e agora acabou. Fora isso já perdi quatro quilos e me sinto mais feliz", afirma.
As cavalgadas sem grande impacto prometem um bem enoreme à coluna tornando as tarefas do dia a dia mais fáceis. É preciso apenas 30 minutos uma vez por semana para se sentir renovado. Há 20 anos sem praticar nenhum tipo de atividade física Lener com 67 anos garante que ficou bem mais disposto depois que começou a fazer o trabalho com os cavalos. "Foi uma transformação total, principalmente na área do meu quadril, melhorou meus alongamentos e acabou com as câimbras que eu sentia diariamente".
Para a segurança do praticante, o animal é preparado para a equoterapia. Os bambolês e as bolas, por exemplo, são acessórios indispensáveis que ajudam o cavalo a não ter medo de objetos e nem se assustar com os barulhos. Isso, segundo Amorim, evita acidentes. Durante a montaria o cabalo possui acessórios bem diferentes dos convencionais. "Como o cavalo faz movimentos involuntários ele estimula o desequilíbrio neurológico. Com isso a pessoa sai da zona de conforto e é obrigada a se movimentar ", explica Amorim.
A cela, por exemplo, é substituída por uma manta anatômica. O equipamento ajuda o praticante a desenvolver a atenção, o equilíbrio e melhorar a postura. "É uma forma de fazer exercício para o corpo inteiro, dos pés a cabeça. A postura, a parte cardiovascular e a liberação de alguns hormônios de relaxamento são algumas cosias que melhoram em quem pratica. A atenção e a concentração é também bastante exigida e isso é bom já que a partir dos 65 anos essas funções começam a diminuir", completa o psicólogo.
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