Pouco tempo atrás ouvíamos a mídia em geral dizendo que a fisioterapia era a profissão do futuro. Com deficiência de profissionais e ofertas de trabalho por todo o País, logo surgiram cursos e mais cursos, inclusive noturnos, derramando profissionais no mercado.
O futuro chegou e agora a profissão se encontra sufocada com profissionais saindo das faculdades com conhecimento mínimo, colocando-se no mercado de trabalho por salários pífios que não pagam sequer a própria mensalidade do curso. Colocam em risco a imagem da categoria e proporciona aos pacientes péssimos tratamentos, trazendo como consequencia maus resultados.
É verdade que existem no mercado ótimos profissionais e ótimas instituições que prezam por ensino, pesquisa e tratamento de qualidade. Contudo não representa um quantitativo considerável, infelizmente. Ademais o próprio sistema público pune a classe com míseros cinco reais em média por procedimento realizado, sem falar nos convênios médicos.
É preciso com urgência que as entidades de classe se unam e se organizem para lutar por honorários dignos e no mínimo instituírem um piso salarial justo, baseado na complexidade e responsabilidade da profissão.
Se o tal futuro era promissor, dependerá hoje, do esforço mutuo daqueles que estão no comando dos órgãos que tem força e subsidio legal para reivindicação.
Tenho certeza que todos os fisioterapeutas carregam no peito o orgulho do que são e do que representam para seu paciente e para sociedade. Acredito que muitos permanecem na ativa por pura paixão. É preciso dar valor financeiro a tudo isso, pois como já dizia o ditado "Saco vazio não para em pé".
MIGUEL ANTONIO PACHE CO LONGHI - CREFITO 11-5161
e-mail mig.antonio@ig.com.br
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