Muita coisa mudou para as mulheres desde que queimaram seus sutiãs, reivindicaram seus direitos, ganharam mais espaço no mercado de trabalho e assumiram cargos e funções antes exercidos somente por homens, além da jornada com a administração do lar e cuidado com os filhos. Desde então, as mulheres têm recebido cada vez mais atenção e têm demandado muitos setores e áreas, inclusive a saúde.
Uma especialidade na área de Fisioterapia confere cuidados às mulheres de todas as idades. Trata-se da Fisioterapia na Saúde da Mulher, reconhecida como especialidade pela Resolução nº. 372 de 2009, do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito).
Ainda é comum, por exemplo, muitas mulheres terem medo do parto natural e fazerem opção pela cesariana, uma intervenção que exigirá mais tempo para recuperação. Nesse caso, a atuação do fisioterapeuta começa no início da gestação. Em cada fase, são trabalhados músculos específicos que ajudarão a mulher na correção da postura, adaptação do andar, na expulsão do bebê e fortalecimento do assoalho pélvico. O acompanhamento é feito no pré-parto, no parto, pós-parto imediato e tardio.
Mesmo na opção pela cesariana, a fisioterapia pode ajudar a reduzir as dores do pós-operatório na região cirúrgica, diminuir a flacidez, aderência e tratar das alterações na postura. O profissional também pode trabalhar na preparação do seio para amamentação, no estímulo para produção do leite materno e adaptação do mamilo à boca do bebê. Tais procedimentos e cuidados podem diminuir os casos mastite, que é a inflação dos seios; as rachaduras e dores durante a amamentação.
No caso de incontinência urinária, disfunção que acomete muitas mulheres e pode ter causa em uma patologia ou por esforço, o fisioterapeuta trabalha o padrão respiratório e o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico. Nos casos de mastectomia – retirada das mamas ou parte dela, geralmente secundária ao câncer de mama; e dismenorréia - as cólicas durante a menstruação.
Segundo a diretora-secretária do Coffito, Dra Elineth Braga, "a atuação do fisioterapeuta na saúde da mulher é de extrema importância para a melhora da qualidade de vida. Na saúde básica poderá orientar e educar a população feminina quanto às alterações causadas no seu organismo, sejam elas fisiológicas ou patológicas, além de atuar como membro da equipe multidisciplinar que atende a mulher em suas diversas fases", afirma.
O Coffito concederá títulos para fisioterapeutas que escolherem especializar-se em Fisioterapia na Saúde da Mulher. Para isso, precisa ser registrado em conselho regional (Crefito), há pelo menos 2 anos, estar em pleno gozo de seus direitos e ser submetido à prova teórica e de títulos.
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