AS ARMAS DA FISIOTERAPIA |
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Bruno Mazziotti exibe parte do "arsenal" que permite os métodos alternativos |
Um ano depois de passar por cirurgia devido ao rompimento do tendão do joelho, ele está apto novamente a jogar futebol. "Em 2000 ele levou um ano e sete meses para voltar aos gramados. Hoje, um ano depois, o Ronaldo está pronto. Parece que a recuperação foi lenta, mas na verdade ganhamos seis meses. Isso se deve bastante à evolução conceitual da fisioterapia", compara Bruno Mazziotti, fisioterapeuta do Corinthians e que acompanha o camisa 9 desde os tempos de Real Madrid.
INSTRUMENTOS DA RECUPERAÇÃO |
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Kit de eletroterapia usado com frequência em Ronaldo durante sua recuperação |
"Caneta agulha", ventosas e pistola de sucção são uma vertente da acupuntura |
Ganchos usados na "crochetagem", que dá melhor acesso a pontos com alguma lesão |
"A ideia sempre foi fazer de tudo um pouco. Onde estudei e nas passagens por Real Madrid e Milan consegui reunir componentes para trabalhar com diferentes possibilidades. Você cria alternativas para acelerar o processo, mas é tudo fisioterapia. O importante é que o tratamento se adequa ao indivíduo", explica Mazziotti.
Os métodos mais usados na recuperação de Ronaldo foram a eletroterapia e a acupuntura. No primeiro caso, a região do joelho operado era submetida a pequenas correntes elétricas diariamente. Eram 7h, 8h de tratamento. "Eu fazia isso até com o Ronaldo dormindo. Teve passagens engraçadas dele acordando e reclamando: 'já está aí de novo?'", recorda.
"Apelidei o aparelho da eletroterapia de 'fiel escudeiro'. Levava ele para todos os lugares, foi fundamental no início da recuperação do Ronaldo. Até mesmo quando ele voltou para o Brasil após a cirurgia usamos isso no avião, para evitar inchaço no joelho. São estímulos elétricos que aceleram a cicatrização do tecido. No caso, do tendão", explica o fisioterapeuta.
As agulhas também fizeram parte do tratamento, assim como ventosas que, por sucção, ajudavam na evolução da melhora. "A acupuntura foi usada ao longo de todo o processo. Tanto a tradicional como a das ventosas, em que você faz pequenos furos na região antes de usar a sucção", conta Mazziotti.
PRINCIPAIS MÉTODOS | |||||
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Mas não são todos os jogadores que aceitam enfrentar a acupuntura, por exemplo. Alguns encaram "caneladas", carrinhos e trombadas em campo, mas fogem das pequenas agulhas. "Muitos atletas não gostam, apesar de a agulha ser bem fininha. É preciso respeitar cada um."
Na sala de fisioterapia do Ceproo, Mazziotti lida com um verdadeiro arsenal de instrumentos. São estimuladores elétricos, ganchos usados na "crochetagem", agulhas, ventosas e eletrodos. E mais novidades importadas estão a caminho do Parque São Jorge. "O Corinthians tem sido pioneiro em vários métodos. A estrutura daqui não fica devendo em nada para Real Madrid e Milan, onde esses tratamentos são mais comuns."
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