Fisioterapia: Prática milenar com claros benefícios para a saúde
Escrito por Geraldo Barros
05-Set-2007
No próximo sábado, 8 de Setembro, assinala-se o Dia Mundial da Fisioterapia, uma área da saúde cada vez mais requisitada que tem na massagem, na ginástica e na electricidade médicas as suas três vertentes mais importantes.
Instituído pela Confederação Mundial de Fisioterapia, organização representativa de mais de 250 mil fisioterapeutas em todo o Mundo, o Dia Mundial da Fisioterapia constitui uma oportunidade de conhecer melhor as vantagens desta vertente dos cuidados de saúde e os seus profissionais.
A simples conversa com uma fisioterapeuta aliada a alguma pesquisa sobre o assunto permitiu ao “Campeão” concluir que, embora sejam inegáveis os benefícios que a fisioterapia pode trazer à saúde de quem a ela recorre, há uma vazio legal que acaba por permitir o exercício desta actividade por quem não está devidamente habilitado para tal, com prejuízo para o paciente e para os fisioterapeutas devidamente credenciados.
Embora o termo “fisioterapia” só seja referido pela primeira vez em 1905, no British Medical Journal, sabe-se que as práticas normalmente associadas à fisioterapia remontam ao tempo da pré-história. Actualmente, à semelhança do que acontece na generalidade dos países, também em Portugal o acesso à profissão implica um curso superior (bacharelato ou licenciatura) na área da fisioterapia e a solicitação de carteira profissional junto do Ministério da Saúde.
Embora existam cerca de cinco mil fisioterapeutas, oficialmente reconhecidos como tal, a exercer a profissão em Portugal, Sílvia Leal, responsável por um gabinete de fisioterapia em Alqueves, Coimbra, admite que “não existe legislação para esta área e várias outras do género no domínio da saúde e esse vazio legal, associado à ausência de fiscalização, acaba por dar origem a muita prática ilegal da profissão”.
Licenciada pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra e a exercer a profissão desde 2001, Sílvia Leal considera que, os utentes, no interesse da sua própria saúde, “devem perceber realmente quem são os fisioterapeutas, o que fazem e que, à semelhança dos enfermeiros e outros profissionais da saúde, têm de ter uma determinada formação e, inclusivamente, uma cédula profissional”.
Por ser uma actividade transversal a todas as áreas da saúde que envolvam aspectos físicos, as pessoas recorrem à fisioterapia pelas mais variadas razões, sendo que em cada caso há sempre um tratamento mais apropriado, que resulta de uma avaliação que poderá ser feita pelo médico de família ou pelo próprio fisioterapeuta. Dos tratamentos mais convencionais – que envolvem massagens, calores húmidos ou aplicação de parafina – às sessões de preparação para o parto, de mobilidade geral ou até mesmo de correcção postural, fisioterapia respiratória e pediátrica, são inúmeras as possibilidades de tratamento aplicáveis no domínio da fisioterapia, adequadas às necessidades de cada pessoa.
Com uma procura crescente e cada vez mais aconselhada como terapia principal ou complementar nas mais diversas patologias, a fisioterapia é, ainda assim, uma área com resposta insuficiente por parte do Serviço Nacional de Saúde, isto apesar de, anualmente, se formarem cerca de mil novos licenciados nesta área. Para quem procura os serviços de fisioterapia, a solução para evitar as listas de espera acaba por passar cada vez mais pelos consultórios de fisioterapia privados.
Convicta dos inúmeros benefícios desta vertente terapêutica, Sílvia Leal espera que no próximo sábado, Dia Mundial da Fisioterapia, “seja uma boa oportunidade para, a nível mundial, desenvolver actividades que permitam mostrar à população o que é a fisioterapia, quem são os seus profissionais e o que fazem”.
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