Um dos principais temas abordados por essa filosofia, é a interpretação coletiva da saúde postural, uma vez que todos (leigos e eruditos no assunto) acreditam que para termos boa postura, precisamos ter simetria.
Toda a bibliografia referente ao estudo da postura, fundamenta-se nas assimetrias, propondo como conduta o alinhamento.
Já a Biomecânica Funcional propõe outro caminho, ou seja, não buscar a simetria estética mas a qualidade de movimento.
Como grandes artistas atuando no teatro da vida, o corpo assume atitudes posturais que instintivamente representam nosso papel social, portanto a expressividade é um ato natural que pode variar desde manifestações de todo o corpo a simples gestos representativos.
Estas representações, demonstradas tipicamente por posturas estáticas e/ou dinâmicas, estão diretamente relacionadas às influências externas. Dependendo da maneira que filtramos e absorvemos estes estímulos, o corpo pode expressar sinais e sintomas de desequilíbrios físicos e psíquicos, pois todo
padrão fisiológico, é controlado pelas necessidades funcionais.
Durante esses processos de expressão física, é preciso que ocorram inúmeras atividades motoras o que, muitas vezes, gera sobrecarga e adaptações indesejadas.
Aí está a preocupação de um corpo sem funcionabilidade, pois sua capacidade de manifestar-se em plenitude torna-se ineficiente, acumulando sobre si tensões desnecessárias.
Sabemos que algumas pessoas abusam da retroversão pélvica associada a retificação lombar, outras mantém a anti-versão associada a lordose lombar, há também as torções ilíacas associadas as escolioses, porém na maioria das vezes não deve ser esse o enfoque terapêutico, pois a verdadeira desvantagem postural está na perda funcional do movimento, ou seja, na hipomobilidade articular, sejam elas nos macro ou micromovimentos, não importando se a pessoa se expressará em retro ou anti-versão, mas se será capaz de realizar naturalmente o movimento inverso.
Em toda a história do homem, desde as aventuranças dos yogues antigos até as recentes pesquisas científicas, percebemos o surgimento de diferentes estratégias de tratamento, porém apesar de séculos de tratados médicos, ainda somos na prática, apenas anatomia “palpatória”, sem muita tentativa de levar o homem à introspecção do auto-conhecimento .
Passamos a acreditar que, para termos saúde, bastaria combatermos diretamente a doença. Bastaria a evolução tecnológica do setor farmacêutico que encontraríamos a cura para todo mal.
A filosofia da Biomecânica Funcional, desperta uma compreensão da saúde, que caminha na intermediária entre o tratamento e o treinamento, ou seja, seguindo princípios como a especificidade, a periodização, a disciplina, mas fundamentado em fisiopatologia, biomecânica e saúde postural desenvolve-se um trabalho conhecido como Treinamento Preventivo, ou seja, deixamos de tapear a dor, de aliviar os sintomas e passamos a atuar na evolução postural e no refinamento do aparelho locomotor.
Para isso se fez necessária uma integração multidisciplinar da fisioterapia com a educação física, esportes, psicologia, filosofia, antropologia, religião, física, entre outras...
Dentre as fundamentações da Biomecânica Funcional, destacam-se princípios revolucionários, mas acima de tudo, destacam-se princípios criativos e divertidos.
Alguns conceitos, apesar de fundamentados em teorias conhecidas, apresentam propostas práticas totalmente diferenciadas, uma vez que essa é aplicada com a finalidade de reestruturação biomecânica e não de tratamento sintomatológico, ou seja, a interpretação teórica focaliza outra necessidade do homem que não a fuga da dor, mas a eliminação do que causa a dor, essa singela diferença ideológica cria uma enorme discrepância prática.
Avaliação Funcional
Para que o treinamento preventivo assim como a evolução postural atuassem com especificidade a acima de tudo eficiência, uma avaliação prévia se fez necessária.
Como um dos principais enfoques desse trabalho esta na transformação da prática da saúde, que se preocupa com a prevenção e não espera a dor para buscar o doutor, fez-se necessário o desenvolvimento de uma avaliação proporcionasse o diagnostico sem depender da dor como guia.
Um diagnóstico funcional, que não dependesse da patologia, mas que fundamentasse as necessidades estruturais, as vantagens e desvantagens biomecânicas, ou seja, que demontrasse quais os pontos fracos da postura e como eles atuam a curto, médio e longo prazo.
Esse diagnóstico deve fundamentar-se nas semelhanças ortostáticas de todo ser bípede, mas sem deixar de lado as peculiaridades de todo ser humano.
Deve avaliar regiões como o segmento fêmur-tronco (cintura pélvica), por se tratar da base da coluna e ser o ponto de encontro de forças fundamentais da estática assim como da dinâmica, interpretando como qualquer desequilíbrio dessa base, promove sobrecargas compensatórias nos segmentos adjacentes.
E deve também demonstrar como reestruturar e reorganizar toda a biomecânica para que não aconteça a instalação da patologia.
FONTE: www.biomecanicafuncional.com.br
Quer anunciar neste blog?
Mande uma mensagem no Whatsapp clicando aqui
Quer sugerir uma pauta?
Mande uma mensagem no Whatsapp clicando aqui ou um email clicando aqui